O último Barómetro “e-shopper” de 2023 revelou que, apesar de o número de utilizadores de comércio eletrónico ter tido um decréscimo em 2022, voltou a crescer em Portugal em 2023 (71% em 2023 vs. 66% em 2022), embora ainda permaneça abaixo da média europeia.
De acordo com o relatório, 71% dos “e-shoppers” (utilizadores de comércio eletrónico) regulares em Portugal consideram que comprar online é uma forma de poupar dinheiro, superando os 65% da média europeia. Este aumento da sensibilidade ao preço reflete-se na priorização dos consumidores portugueses em encontrar os melhores negócios, com 76% deles considerando o preço como o fator mais importante nas suas decisões de compra, e 79% sempre atentos a um bom negócio.
Realizado pela Geopost, o estudo destaca que os “e-shoppers” portugueses dão grande importância aos critérios relacionados com o preço ao fazerem compras online. Por exemplo, 49% mencionam a importância de entregas gratuitas, 28% valorizam a ausência de taxas adicionais e 22% apreciam a política de devolução gratuita. Além disso, mais de metade dos “e-shoppers” regulares portugueses optam por comprar em websites estrangeiros à procura de melhores negócios, superando a média europeia.
O CEO da DPD Portugal, Olivier Establet, destaca o impacto da inflação nos hábitos de consumo dos portugueses.
“Os números agora apresentados mostram-nos um contexto onde esta preocupação com o melhor negócio possível se espelha em várias dimensões, desde o cuidado em comprar em períodos em que os descontos são mais expressivos – como a Black Friday e os saldos – até websites e apps estrangeiras como forma de comprar sempre mais barato”.
CEO da DPD Portugal, Olivier Establet
Quais as categorias mais compradas pelos utilizadores de comércio eletrónico em Portugal?
As categorias de moda, beleza e saúde foram as mais compradas pelos “e-shoppers” portugueses, enquanto as de livros e tecnologia/eletrónica registaram uma quebra.
O barómetro também destaca uma tendência crescente de compras em segunda mão, com um terço dos “e-shoppers” regulares portugueses a aumentarem as compras de produtos em segunda mão, motivados principalmente pelo preço mais acessível e pela promoção de uma economia mais sustentável.


Por fim, o estudo ressalta uma mudança nas preferências de entrega, com as entregas Out-of-Home (OOH) ganhando popularidade em detrimento das entregas em casa, refletindo uma crescente diversidade nas necessidades de consumo dos portugueses.
Em Portugal, o relatório contou com um total de 1.006 entrevistas.